BLOG DO VANDER LUIZ

CPFL Piratininga corta pontos de iluminação pública na Três de Maio por falta de pagamento. Daniel da Padaria diz que pagou parte da dívida

O trecho inicial da Avenida Três de Maio do Largo dos Mendes até a Avenida Brasil, região central de São Roque, teve a iluminação pública cortada nos últimos dias. São aproximandamente dez luminárias apagadas.

O motivo é a falta de pagamento por parte da Prefeitura de São Roque de contas de energia elétrica que estariam vencidas há três meses.

Avenida Três de Maio sem iluminação pública desde o início da semana
Avenida Três de Maio sem iluminação pública desde o início da semana

A CPFL Piratininga tomou a decisão após reunião na quinta-feira da semana passada (27 de outubro) com a Prefeitura de São Roque. Não houve acordo e segundo apurou o site também foram cortados alguns pontos na Praça da Matriz.

No entanto, na região central não ficou às escuras por contar com outros pontos de iluminação principalmente na Praça da Matriz. Outros pontos estão passíveis de corte.

PREFEITURA PAGOU NA TERÇA-FEIRA

Na tarde de terça-feira conversamos com o prefeito de São Roque, Daniel da Padaria, que confirmou a dívida com a CPFL, mas informou que a Prefeitura tinha efetuado o pagamento de parcela atrasada naquele dia.

“Hoje (1º de novembro) pagamos parte do parcelamento que estava atrasado. Não posso precisar o valor porque são várias contas, mas pagamos algo em torno de cem mil reais”, disse Daniel que espera o restabelecimento dos pontos cortados.

A CPFL aguarda a compensação bancária (provavelmente na quinta-feira) para confirmar o pagamento de parte da dívida ou o envio de um comunicado por parte da Prefeitura de São Roque.

Daniel citou as dificuldades financeiras da Prefeitura e por esse motivo solicitou ao presidente da Câmara Municipal, Alfredo Estrada, que antecipasse a devolução de parte do dinheiro que o executivo repassa para o executivo e que não será utilizado até o final do ano.

A Câmara Municipal é obrigada a devolver para a Prefeitura até o dia 31 de dezembro toda a “sobra” do dinheiro que recebe mensalmente por determinação da Constituição Federal.

As dotações (créditos autorizados no orçamento) têm data de validade, mas o dinheiro continua existindo.

A devolução pode ser antecipada mediante a projeto de lei que cancela dotações do legislativo.

O prefeito Daniel da Padaria solicitou a devolução de 600 mil reais com duzentos mil reais para a Santa Casa. Outra parte do dinheiro seria utilizada para o pagamento de outras obrigações, inclusive as contas atrasadas de energia elétrica.

A Santa Casa está sob intervenção municipal e desde maio é adminstrada pela Organização Social Fenaesc que não pagou o vale do dia 20 e funcionários entraram em greve nesta quarta-feira (2).

No entanto, a maioria dos vereadores quer destinar toda a sobra da Câmara Municipal para a Santa Casa. O dinheiro não poderia ser utilizado pelo o prefeito da Daniel para outros fins e também não ficaria para o prefeito eleito Cláudio Góes.

Projeto que repassa duzentos mil reais para a Santa Casa deverá ser aprovado na sessão de segunda-feira (7). O projeto “carimba” o valor para a Santa Casa.

Até o final do ano, a Câmara Municipal poderá repassar para Santa Casa algo em torno R$ 1,8 milhão desde que o executivo faça para o legislativo os repasses mensais de novembro e dezembro (cerca de 600 mil reais cada).

O presidente da Câmara Municipal, Alfredo Estrada, disse que já tem reservado em caixa R$ 1,950 mi para o pagamento de todos os compromissos do legislativo até 31 de dezembro quando termina o seu mandato.

DIVISÃO DE ILUMINAÇÃO PÚBLICA

O vereador Guto Issa (Rede), reeleito em 2 de outubro, disse que vai propor ao prefeito eleito de São Roque, Cláudio Góes, a criação da Divisão de Iluminação Pública. Atualmente o serviço é terceirizado.

“Acredito que a criação de uma divisão facilitará a instalação de luminárias, manutenção da fiação e a troca de lâmpadas, tornando mais ágil o serviço, além da economia de uma quantia considerável de dinheiro público”, citou

Guto também entende que a mudança teria reflexo na segurança pública. “Vias públicas escuras são sempre mais procuradas por meliantes de todos os tipos’, concluiu.

Vander Luiz

São-roquense, radialista e jornalista

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