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Vinícius Paes faz uma Via Sacra na boemia e na poesia vividas em São Roque. Veja o clip lançado neste domingo

O cantor e compositor Vinícius Paes lançou neste domingo (16 de agosto) a música “Via Sacra” que tem tudo a ver com São Roque que exatamente no dia de hoje completou 363 anos de uma forma diferente.

Vivemos um tempo em que não podemos vivenciar o contato das pessoas, mas enquanto aguardamos dias melhores a música é uma das formas de caminhar pelos bares da nossa São Roque.

O próprio Vinícius explica como nasceu a composição em parceria com André Fernandes.

“Via Sacra é um samba que compus com meu parceiro André Fernandes, que versa um pouco sobre situações de boemia e poesia, vividas na cidade de São Roque/SP.

Toda produção foi feita respeitando as normas de distanciamento social. As imagens externas foram capturadas por Janna Giorni e, meu filho, Bento Guvea Paes, dentro de um carro em movimento, conduzido por mim.

André Fernandes captou a imagem dele da casa dele, em Rio Preto/SP. A edição e produção, também, ficou por conta da Janna, minha amada parceira.

Achei pertinente compartilhar este samba com vocês, no dia em que a São Roque comemora seus 363 anos e nós devemos ficar dentro de casa.

Espero que gostem deste passei virtual pela noite charmosa do Vale. Um beijo na alma. Obs. Todas as imagens e áudios foram capturados diretamente da câmera do celular.

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VIA-SACRA

(André Fernandes e Vinícius Paes)

Ando um tanto pecador

que até a imagem do andor

me derrubou na descida

rolei por toda a Marechal

e nem era carnaval

parei no bar da Maria

pedi um rabo de galo

e corri me consagrar

num torresmo de barriga

 

Pois, se há grande pecado,

No terreiro ou no calvário,

é matar o Santo de ‘lumbriga’

 

me perdi da procissão

sou da noite o sacristão

fui pregar no bar do Chico

rezei fiado no rosário

e meti mais sal na hóstia

cerveja pra molhar o bico

subi Santa Quitéria

de joelhos, pro Alencar

pra tomar Pitú, curar fadiga

 

Pois, se há grande pecado,

No terreiro ou no calvário

É matar o Santo de ‘lumbriga’

 

Me deparei com o Matheus

que também é filho de deus

e pai de plantas medicinais

me esquivei dos seresteiros

fugi pro Morro do Cruzeiro

acendi vela, bebi um pouco mais

sou cachorro de São Roque

não sinto frio, nem passo fome

e se puder arrumo briga

 

Pois, se há grande pecado

No terreiro ou no calvário

É matar o Santo de ‘lumbriga’

 

Vander Luiz

São-roquense, radialista e jornalista

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