Tem presente melhor que esse? Aparecer na foto com o José Silvério
Não tem nada melhor que uma agradável surpresa. Estou em casa e de repente uma mensagem do amigo Luiz Paiva Costa (Nhame) avisando que no programa Bola da Vez, da ESPN, está aparecendo toda hora uma foto minha com o locutor esportivo José Silvério.
Ligo a TV e lá está José Silvério sendo entrevistado por João Carlos Albuquerque com as participações especiais dos repórteres Luís Carlos Quartarollo e Eduardo Affonso. Quartorollo foi meu colega de trabalho na Jovem Pan (1996/2015). Com o Eduardo Affonso trabalhei na FM 90 de Salto narrando os jogos do Ituano nos anos 80.
José Silvério foi a minha inspiração para ser locutor esportivo e trabalhar ao seu lado na Jovem Pan (1996/2000) motivo de orgulho e de conquista pessoal.
Silvério é o melhor locutor esportivo do rádio brasileiro e olha que tem muita gente boa na área. Mas o “Pai do Gol” é perfeito tecnicamente, mostra onde a bola está. É de arrepiar os lances narrados por ele. Aquele que nunca confunde velocidade com ritmo. Aquele que sabe conduzir a transmissão sem perder nenhum lance. Aquele que solta a voz na hora certa. Gol é gol, tiro de meta é tiro de meta.
Aparecer ao lado do José Silvério com a foto sendo intercalada com outras durante toda a entrevista é um prêmio. Não dá nem para imaginar como a produção conseguiu essa foto. Foi feita logo quando entrei na Jovem Pan, levado pelo Nílson César, período em que ainda estava no Departamento de Jornalismo e trabalhava de terno e gravata. No final de 1996 fui transferido para o Departamento de Esportes.
Logo nos primeiros meses de Jovem Pan, recebi uma proposta da Rádio Bandeirantes e comuniquei diretor de jornalismo, José Carlos Pereira, que iria embora, mas que o meu sonho era narrar futebol na Jovem Pan. Zé Pereira pediu não fechar com a concorrência pois ele iria falar com o seu Tuta (Antonio Augusto do Amaral), dono da emissora.
No dia seguinte ou alguns dias depois, o seu Tuta me parou na redação e disse que na vida a gente tem que fazer o que gosta e me passaria para o Esporte. Pediu apenas para esperar algumas semanas.
A promessa foi cumprida – ele sempre cumpria o que falava – assim realizei o sonho de trabalhar ao lado de José Silvério e dos outros brilhantes profissionais da Equipe de Esportes.
O Silvério foi sempre na dele como falou na entrevista à ESPN. Nunca foi de ficar jogando conversa fora e muito menos de prejudicar algum companheiro de trabalho. Sempre foi atencioso comigo e certo dia gravei uma entrevista onde ele falou da carreira. Disse, inclusive, que a sua famosa vinheta de gol foi feita pelo Tutinha.
Ter a oportunidade de trabalhar com o seu ídolo é algo difícil de explicar. De repente o cara que você aprendeu a admirar vira colega de trabalho. Nesse caso, como diz o ditado: “Estando em Roma aja como romano”.
Uma noite fui ao Parque São Jorge para narrar um jogo do Corinthians. O Silvério abriu a jornada porque transmitiria a partida do Palmeiras, acho que em Mogi Mirim, que começaria mais tarde. Eu narrei o primeiro tempo.
Quando o Silvério abriu a jornada com o seu famoso “Alô, ouvintes do Brasil, estamos chegando…” lembrei do Roberto Carlos que começa o show dizendo: “Mas que prazer”. São dois momentos de arrepiar. É a força do carisma.
Naquela jornada inesquecível, criei a seguinte imagem na minha cabeça. O Roberto Carlos/José Silvério abrindo o show, emocionando o público/ouvinte e dizendo que ele voltaria daqui a pouco. “Vocês ficam agora com Vander Luiz e todo o primeiro tempo do jogo do Corinthians. Eu volto daqui a pouco com o jogo do Palmeiras”. Foi como fazer um show de abertura, o esquenta a até a volta do rei.
Aproveito para lembrar, que o Roberto Carlos tem uma música chamada “Minha Tia”, onde cita as mudanças em sua vida trazidas pelo sucesso.
“A minha vida mudou eu sei, mas as lembranças eu guardarei”. Por sinal, esse trecho foi inserido na minha primeira transmissão esportiva na Rádio Universal de São Roque em agosto de 1983 quando sou anunciado por Rodolfo de Lucca Júnior e Taufic Elias Fandi Júnior para o segundo tempo da disputa do terceiro lugar da Copa Carambeí entre Padaria Portuguesa x Justiça.
A vontade de trabalhar na Jovem Pan era tanta que eu ate fiz uma paródia com outro trecho da música.
“Você sabia que eu queria ser cantor profissional
E vinha lá de Niterói para ir a Rádio Nacional.
Usando aquele antigo e tão surrado meu blusão de couro
ia cantar minha esperança num programa de calouros”
Enquanto o Roberto cantava, eu mentalizava.
“Você sabia que eu queria ser locutor profissional
E vinha lá do Cambará para ir a Rádio Universal
Usando aquela antiga e tão surrada minha blusa de lã
ia tentar minha esperança pensando na Jovem Pan”
Por tudo isso, fiquei mais feliz ainda quando vi minha foto ao lado do Silvério em meio a outras de tanta gente consagrada da imprensa esportiva que iam correndo ao fundo. Por isso, pergunto. Tem presente melhor que esse?
Diria que aparecer ao lado do Silvério no programa onde ele narrou sua própria carreira foi a materialização de um troféu. Explico.
Certo dia, na redação da Jovem Pan, o comentarista Flávio Prado me chamou no canto e disse mais ou menos assim.
“Vou falar uma coisa que você deve guardar com muito carinho. É algo muito valioso para você profissionalmente. Outro dia estava na cabine com o José Silvério ouvindo a sua transmissão enquanto não começava o nosso jogo. De repente, o Silvério falou que você narra direitinho. Oor seu jeito de ser, dificilmente falará isso pessoalmente para você”, comentou.
E o Flávio seguiu dizendo. “Por que eu falo isso para você? Certo dia um colega de trabalho da TV Record chegou pra mim e disse. ‘O Pedro Luiz elogiou o seu comentário.’ Mas o Pedro, pelo seu jeito de ser, dificilmente falará isso pessoalmente para você”.
“Saber a opinião do Pedro Luiz sobre o meu trabalho foi muito importante para a minha carreira”, disse Flávio.
“Por isso, tenho a necessidade de fazer o mesmo com você. Isso vai te ajudar profissionalmente.”
Depois que deixei de narrar para assumir o Plantão Esportivo Permanente passei a conversar com o ouvinte de uma forma espontânea ao apresentar o placar da rodada preparado pelo José Laforé Salício e ao reviver os principais lances das partidas, os famosos compactos que duravam mais que o jogo invadindo a madrugada.
Por falar de uma forma natural, buscando informações históricas e atuais, ganhei outro “troféu”. Foi o dia em que o Gil Gomes, meu ouvinte nas madrugadas, disse que sou um bom contador de histórias.
É a galeria da vida.
Estava assistido o programa e fiquei contente por você mesmo não te conhecendo pessoalmente é fato que representou nossa cidade em uma rádio muito importante além de tudo mandou super bem quando no Plantão Esportivo Permanente criado por outro ícone/mostro do rádio Narciso Vernizzi .
Obrigado pelo carinho.
Parabéns Vander !! Sou seu fã a muito tempo e tenho orgulho de acompanhar e ter acompanhado sua carreira e suas conquistas desde o começo!! Você é merecedor de suas realizações e, tenho certeza, que muitas outras virão. Grande abraço!!!
Obrigado, Pingão. A gente estudava junto no Manley Lane e você foi a primeira pessoa que ouviu a gravação que fiz da final do Campeonato Brasileiro de 1983. Deu a maior força para que eu levasse a fita na Rádio Universal. O Denir Roque da Silva, que estudava com a gente e era operador de áudio na rádio, entregou a fita para o locutor Rodolfo de Lucca Júnior e o comentarista Taufic Elias Fandi Júnior. Na semana seguinte, já estava fazendo reportagem. Abraço!
Oi Vanderlei, é dificil pra mim saber se chamo de Vander ou Vanderlei, mas pra mim vai ser sempre o menino, que a gente viu crescer, torceu tanto pelo seu sucesso, curtiu cada momento do seu sucesso e sabe que ainda tem um grande potencial pra atingir objetivos maiores, cada vez que eu ouvia vc ser chamado pelo Silverio, Vanderlei Nogueira, Israel Gimple, Claudio Carssugui, Reali Jr e……., eu ficava imaginando a sua e emoção, de estar ao lado dos grandes idolos, parabens muito mais sucesso grande abraço!!!!
Obrigado, Rodolfo por ter dado a oportunidade de começar no rádio. Abraço!
Parabéns, Vander! Você merece sempre o melhor! Grande profissional e uma pessoa de excelente caráter com quem tive o prazer de trabalhar! Abraços!
Claudia, foi muito trabalhar com você. Fizemos juntos dois anos do São Paulo Agora quando cobri as férias do Zamith. Lembra da entrevista com o Pena Branca e Chavantinho? Ligava pra casa deles e ninguém atendia e não tinha celular. De repente os dois apareceram no estúdio.
Parabéns meu grande amigo. Me adiciono aos nomes de pessoas que reconhecem o seu talento, o seu carisma e o seu apego ao trabalho.
Vc como produtor das chamadas esportivas das transmissões da Jovem Pan era precioso, buscando sempre detalhes para compor os textos.
Vc foi brilhante brilhante nas pesquisas do programa Memória do Plantão, achando coisas incriveis, que muitas vezes nem estavam catalogadas no arquivo da emissora.
Vc foi minucioso ao ficar durante as tardes separando registros magnéticos para serem arquivados, pensando no final do ano, quando a Retrospectiva do Esporte era feita com a sua produção.
Não é a toa que vc ficava boa parte da tarde na Jovem Pan na recolha de material e saia altas horas das madrugadas, após as Jornada Esportiva.
Vc é um batalhador da melhor categoria. Vc merce o melhor.
Parabens meu amigo! Esse é o grande retorno do nosso trabalho. Sentir prazer no que faz.
Obrigado. Grande abraço!
Parabéns Vander! Seu amor pelo esporte e pela narração sempre foi contagiante . Fui seu ouvinte constante nos plantões esportivos . Muitas vezes vc foi meu companheiro dirigindo na estrada e nas noites de plantão . Sempre tive orgulho de dizer que o conhecia para meus filhos e amigos . Seu amor pela profissão , hoje tão raro , serve de exemplo para todos . Você é um dos ícones da nossa cidade . Apesar da eterna dor de cabeça kkkk siga em frente com o entusiasmo de sempre . Grande abraço .
Obrigado, doutor. Muito bom receber sua mensagem. Grande abraço!