José Maria de Aquino lança o livro “Minha Vida de Repórter”. Veja entrevista no Programa Linha Aberta
VEJA O JORNALISTA JOSÉ MARIA DE AQUINO NO PROGRAMA LINHA ABERTA
O jornalista José Maria de Aquino (18 de agosto de 1933) reúne no livro “Minha Vida de Repórter” algumas de suas reportagens ao longo de 54 anos de carreira desde o Jornal da Tarde (1966) e as passagens pela Revista Placar, jornal O Estado de São Paulo e Rede Globo de Televisão.
José Maria de Aquino foi entrevistado no programa Linha Aberta (04 de setembro de 2020) com direito a um convidado especial, o jornalista Adilson Dutra que a exemplo de Aquino também nasceu em Miracema (RJ). Participam da entrevista Alan Vianni, Simone Judica e José Fernando Rabecchini.
O livro “Minha Vida de Repórter”, organizado por Nelson Nunes, pode ser adquirido no site da Editora Letras do Brasil. Clique aqui.
JORNALISTA JOSÉ MARIA DE AQUINO RESGATA HISTÓRIAS DO FUTEBOL NO LIVRO “MINHA VIDA DE REPÓRTER”
Obra resgata os bastidores e curiosidades de fatos reais vividos pelo jornalista ao longo de mais de quatro décadas de coberturas nacionais e internacionais. Lançado pela editora Letras do Brasil, livro destaca a importância do papel do repórter num período pré-internet e traz como apêndice um “caderno de reportagens” com transcrições fiéis dos trabalhos originais tal como foram publicados na época.
Um longo bate-papo ao sabor de uns tragos à mesa de um bar com Obdulio Varella, o carrasco do Brasil na Copa de 50. As informações exclusivas sobre o primeiro casamento de Pelé. Os bastidores da preparação da seleção brasileira em 70 e o plano liderado pelos jogadores para convencer Zagallo a escalar o time que eles julgavam capaz de levantar o tricampeonato mundial.
Uma conversa dramática com João do Pulo à beira da depressão após a amputação da perna mutilada num acidente. O olho clínico do jornalista observador para descobrir, no meio tantas estrelas já consagradas, a magia de uma menina desconhecida chamada Nadia Comaneci.
As artimanhas para driblar a vigilância do hospital americano para obter uma entrevista exclusiva com Tostão horas antes da cirurgia da retina. As aventuras, os dissabores, os contratempos e os truques de um repórter para enfrentar toda a sorte de dificuldades em coberturas internacionais sem as facilidades tecnológicas de hoje.
Um dia correu risco de vida em Belgrado. No outro teve que confiar numa espiã russa numa balada em Moscou. Nas horas de maior aflição, quando nada parecia que ia salvar sua pele, recorreu a camisas da seleção autografadas para fazer um agrado aqui e acolá…
“Minha Vida de Repórter” não é um livro de memórias tampouco uma autobiografia do jornalista José Maria de Aquino. A obra, que em 388 paginas reúne um fabuloso compilado de fatos reais vividos por ele ao longo de mais de quatro décadas de reportagem. É uma aula de jornalismo. E uma demonstração de amor pelo ofício de contar histórias. Não à toa, boa parte do conteúdo fora redigido por anos a fio sem a pretensão de um dia virar um livro.
Aquino guardava seus escritos como um tesouro de família, que ele pretendia deixar de herança apenas para a mulher, os filhos e os netos. Perto de completar 87 anos de vida, foi convencido pela Letras do Brasil a compartilhar suas pequenas joias em formas de crônicas da realidade com uma legião de admiradores, amantes do esporte e, certamente, todos os jovens que sonham com a profissão de jornalista.
A estes restará a certeza de que escolheram uma profissão fascinante – e ao mesmo tempo desafiadora. Para a vida de um repórter não há manual de instruções. É preciso doses diárias de coragem para enfrentar o desconhecido e firme convicção para caminhar ao lado da verdade, da ética e do compromisso com a informação, independentemente da plataforma da reportagem publicada.
Vale aprender com José Maria de Aquino, um mestre na arte do rigor da apuração bem feita e um especialista em técnicas de entrevista que não se ensinam nas escolas de jornalismo.
Além dos capítulos que narram as muitas histórias vividas pelo autor em 40 anos de atuação nos principais órgãos da imprensa brasileira (entre eles, Revista Placar, jornais O Estado de S.Paulo e Jornal da Tarde, e o departamento de jornalismo da Rede Globo de Televisão), “Minha Vida de Repórter” apresenta, num formato inovador, um “Caderno de Reportagens”.
Nele estão resgatados, com transcrições fiéis aos trabalhos originalmente publicados pelo autor nos veículos por onde passou. Assim, muitas das histórias são contadas de forma mais atraente para o leitor, uma vez que junto com a republicação do texto original (com títulos, olhos e narrativas preservados) Aquino dá detalhes dos bastidores que marcaram aquele trabalho. Seja uma reunião de pauta inspiradora, uma negociação para entrevista que exigiu habilidade ou a casualidade que brinda os bons repórteres com revelações bombásticas.
O prefácio é escrito pelo jornalista Milton Neves – que, com Aquino, divide a primazia de ser um dos mais representativos documentaristas da carreira, vida e obra de Pelé. Embora nunca tivessem trabalhado juntos, a paixão pela preservação da memória do futebol brasileiro acabou unindo a trajetória de ambos na imprensa brasileira.
“Incluo José Maria de Aquino na galeria dos profissionais de maior relevância para a imprensa brasileira. Ele é um acervo vivo da memória do futebol brasileiro e conhece esse negócio como poucos. Em meio a tantos paraquedistas e alpinistas da profissão, manteve-se sempre íntegro, o que me faz defini-lo como um jornalista puro. Um repórter 100% verdade. Tem o jornalismo na veia”, diz Milton Neves, honrado com o convite para escrever a contracapa do livro.
Como um inventário de mais de cinco décadas de profissão e quase 90 anos de vida, “Minha Vida de Repórter”, enfim, é um legado que José Maria de Aquino deixa para a história e memória do futebol brasileiro. Uma obra fundamental para quem quer entender o presente conhecendo o passado daquele que foi um dia chamado “País do Futebol”.
SOBRE O AUTOR
José Maria de Aquino é jornalista e advogado. Nasceu em 18 de agosto de 1933, em Miracema, interior do Estado de São Paulo. Sua carreira como jornalista foi iniciada em 1966, no extinto Jornal da tarde, como repórter. No mesmo ano, ganhou o Troféu Pena de Ouro da Aceesp (Associação dos Cronistas Esportivos do Estado de São Paulo), com a matéria “Filpo, um amor antigo”, assinada em parceria com Milton José de Oliveira.
Também no JT conquistou, ao lado do fiel companheiro Michel Laurance, o Prêmio Esso de Jornalismo em 1969, com a reportagem “O jogador é um escravo”, reproduzida neste livro.
Em 1970, foi levado pela Editora Abril para integrar a equipe de redação que fundou a Revista Placar. Ele fez parte do expediente da primeira edição da revista, que foi a principal publicação esportiva do País por décadas.
Deixou a revista em 1982, quando recebeu convite do amigo Laurence, então na TV Globo, para comentar a Copa do Mundo da Espanha. Fez carreira de sucesso na emissora até chegar a chefe de redação do departamento de esportes em São Paulo, período em que foi responsável pela formação de diversos talentos da empresa. Também atuou com destaque no jornal O Estado de S.Paulo e prestou consultoria para a implantação da SporTV.
Aos 87 anos, ainda mantém seu DNA de repórter e comentarista com trabalhos publicados no Portal Terra, no site No Ângulo e em suas redes sociais. Torcedor do São Paulo, é um crítico ferrenho do jogo robotizado dos dias atuais e emérito defensor do futebol-arte.