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Sindicato dá prazo até segunda para greve na Santa Casa de São Roque; interventor diz que demissão “é uma decisão de gestão”





Assembleia de funcionários da Santa Casa de São Roque na tarde desta terça-feira (12 de julho) aprovou que a diretoria do hospital tem o prazo de 72 horas para explicar as demissões que segundo o SinSaúde ocorrem de maneira ilegal. Se as exigências do sindicato não forem atendidas os funcionários poderão entrar em greve.

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Funcionarios da Santa Casa durante votação na assembleia. Foto Jornal da Economia/Rafael Barbosa

No entanto, o SinSaúde decidiu prorrogar o prazo até a tarde segunda-feira para que a Santa Casa tenha mais tempo para mandar as informações. Nesse dia ocorrerá uma nova assembleia que decidirá ou não pela paralisação.

O presidente do SinSaúde (Sindicato Único dos Empregados em Estabelecimentos de Saúde de Sorocaba e Região), Milton Sanches, disse que as demissões ocorreram de forma irregular após a Santa Casa ter firmado contrato emergencial de três meses com a organização social Fenaesc. O principal hospital da região está há dois sob intervenção da Prefeitura de São Roque

“Funcionários estão sendo demitidos com a proposta de serem recontratados por uma empresa terceirizada, porém, sem os mesmos benefícios. Com salário menor, sem plano de saúde, cesta básica menor e sem as duas folgas semanais para quem trabalha 12 por 36 horas”, disse Sanches em entrevista ao programa Linha Aberta da Rádio Coluna FM 87,5.

“Eles são tão incoerentes que ninguém da diretoria quis assinar o documento da assembleia. Agora o sindicato terá que fazer o comunicado via cartório”

“Vieram com a proposta de parcelar o pagamento de diretos trabalhistas enquanto está se gastando uma pequena fortuna para embelezar a frente do hospital. Inclusive, na minha opinião, cometendo crime ambiental com a derrubada de árvores centenárias”.

OUÇA A ENTREVISTA DE MILTON SANCHES À RÁDIO COLUNA

O presidente do SinSaúde citou que na semana passada os representantes da Santa Casa, Prefeitura de São Roque e Fenaesc não compareceram para uma mesa de negociação na Justiça do Trabalho e lembrou que a parceria com a Fenaesc não foi aprovada pelo Conselho Municipal de Saúde.

Milton Sanches disse que as demissões não atingem apenas o corpo médico e as enfermeiras (antiga enfermeira-padrão).

A PALAVRA DA SANTA CASA

Por sua vez, o interventor da Santa Casa de São Roque, Francisco Tibiriçá, disse que as demissões não são ilegais e que está ocorrendo “uma decisão de gestão”.

“Não podemos ser injustos com a população de São Roque com um custo além do que se fatura. O funcionário é desligado da Santa Casa e vai para uma nova empresa”, afirmou Tibiriçá em entrevista à Rádio Coluna.

Disse que não consegue ver nenhuma ilegalidade nisso e que não assinou o documento elaborado na assembleia por conter erros. Comentou ainda que a terceirização traz benefícios.

“Quando falta funcionário a empresa imediatamente manda alguém para o lugar. No caso de equipe própria tenho que manter funcionários extras para cobrir essa necessidade”.

OUÇA A ENTREVISTA DO INTERVENTOR FRANCISCO TIBIRIÇÁ

Vander Luiz

São-roquense, radialista e jornalista

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