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Professores cobram explicações da Prefeitura de Mairinque sobre pagamento parcial do adiantamento salarial

Professoras Fabiana e Marisa da APESR (Associação dos Profissionais de Educação de São Roque e região) em frente ao Paço de Mairinque: entidade que conversa com o prefeito

A Associação dos Profissionais de Educação de São Roque e Região (APESR) cobra um posicionamento da Prefeitura de Mairinque sobre a decisão de pagar somente 20% dos salários no adiantamento quando o correto seriam 40% e de não estabelecer uma data – apenas previsão – para o pagamento da outra metade no dia 20. Na manhã desta segunda-feira (18) um grupo de servidores se reuniu na Praça Dom José Gaspar e seguiu até o Paço Municipal

Na quinta-feira (14), a Prefeitura comunicou que “diante dos sequestros de dinheiro público, ordenados nos processos trabalhistas, o adiantamento salarial (40%) ocorrerá da seguinte maneira: 14 de novembro de 2019: metade (20%) e 20 de novembro de 2019 outra metade (previsão). Informou ainda que o Sindicato dos Servidores Públicos de Mairinque “está ciente da situação e concordou com a forma de pagamento”.

Comunicado da Prefeitura de Mairinque

“Nos últimos meses não tem ocorrido uma regularidade no pagamento dos salários. No dia 15, a gente recebeu somente 20% e não 40% como consta no holerite. Os servidores não recebem nenhum tipo de comunicado e ficam sabendo dos atrasos quando vai ao banco. Nós temos uma pauta e pedimos respeito para que ocorra um aviso com antecedência”, Fabiana Ferreira Gonçalves, diretora da APESR em entrevista ao repórter Jair Ribeiro da Giro Mix. O pedido de audiência foi protocolado e agora a aguarda-se a manifestação do prefeito.

A APESR procurou o Sindicato dos Servidores de São Roque e Região e ficou sabendo que a Prefeitura tinha comunicado a entidade da decisão do pagamento parcelado. “Não há conhecimento de uma assembleia deliberativa para o conhecimento dos servidores. Com a reforma trabalhista o empregado pode conversar com patrão sem o intermédio do sindicato e nossa entidade também pode entrar em contato com o prefeito sem a necessidade da participação do sindicato”, disse Marisa Misael, da APESR).

“A falta de respeito ao trabalhador gera também uma forma de trabalho que não é satisfatória. Quem está feliz em receber em sua casa boletos atrasados? A gente tenta fazer tudo dentro da maior legalidade possível, tanto que havia a intensão de fazer uma paralisação total hoje e a minha orientação jurídica é que se cumpra a lei, que se faça um protocolo comunicando o município dando um prazo de 48 horas. Aí nós podemos fazer qualquer tipo de movimentação”, disse o advogado da APESR, José Reis.

Na quarta-feira (20), deverá ocorrer uma manifestação provavelmente após às 17 horas para que as aulas não sejam prejudicadas. Os professores esperam que não sejam descontadas as aulas que não foram dadas na manhã desta segunda-feira por conta da movimentação.

Advogado José Reis da APESR

Vander Luiz

São-roquense, radialista e jornalista

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