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Procissão de Nossa Senhora de Fátima será na noite deste sábado no Cambará

 

A procissão das velas encerra neste sábado (13), às 18 horas, as festividades em louvor à Nossa Senhora de Fátima, no bairro do Cambará, ano do centenário das aparições de Fátima, em Portugal.

Tradicionalmente a procissão é realizada na tarde de domingo, mas neste ano ocorreu a mudança por ser uma data especial.

Procissão de Nossa Senhora de Fátima de 2015. Foto Elisângela Morales

As aparições de Nossa Senhora em Fátima começaram no dia 13 de maio de 1917 tendo como protagonistas três crianças que pastoreavam um pequeno rebanho, na Cova da Iria, freguesia de Fátima, concelho de Vila Nova de Ourém.

Lúcia de Jesus, de 10 anos, e seus primos Francisco e Jacinta Marto, de 9 e 7 anos, respectivamente, saíram de casa após rezar o terço para brincar nas imediações, onde construíam uma pequena casa de pedras.

Neste sábado, a programação na Capela de Nossa Senhora de Fátima começou com a alvorada às 6 horas e a reza do Santo Terço das Rosas.

Abaixo relato da primeira aparição extraído do livo “Memórias da Irmã Lúcia”

Local: Cova da Iria

Data: 13 de maio de 1917

«– Não tenhais medo! Eu não vos faço mal!
– De onde é Vossemecê? – lhe perguntei.
– Sou do Céu.
– E que é que Vossemecê me quer?
– Vim para vos pedir que venhais aqui, seis meses seguidos, no dia 13 a esta mesma hora. Depois direi quem sou e o que quero. Depois voltarei ainda aqui uma sétima vez.
[– Vossemecê sabe-me dizer se a guerra ainda dura muito tempo ou se acaba breve?
– Não te posso dizer ainda enquanto não te disser também o que quero.] – E eu também vou para o Céu?
– Sim, vais.
– E a Jacinta?
– Também.
– E o Francisco?
– Também, mas tem que rezar muitos Terços.
[…] – E a Maria das Neves já está no Céu?
– Sim, está.
– E a Amélia?
– Estará no purgatório até ao fim do mundo.
[…] – Quereis oferecer-vos a Deus para suportar todos os sofrimentos que Ele quiser enviar-vos, em acto de reparação pelos pecados com que Ele é ofendido e de súplica pela conversão dos pecadores?
– Sim, queremos!
– Ides, pois, ter muito que sofrer, mas a graça de Deus será o vosso conforto.
Foi ao pronunciar estas últimas palavras (a graça de Deus, etc.) que abriu pela primeira vez as mãos, comunicando-nos uma luz tão intensa, como que reflexo que delas expedia, que penetrando-nos no peito e no mais íntimo da alma, fazendo-nos ver a nós mesmos em Deus, que era essa luz, mais claramente que nos vemos no melhor dos espelhos. Então por um impulso íntimo também comunicado, caímos de joelhos e repetíamos intimamente:
– Ó Santíssima Trindade, eu vos adoro. Meu Deus, meu Deus, eu Vos amo no Santíssimo Sacramento.
Passados os primeiros momentos, Nossa Senhora acrescentou:
– Rezem o Terço todos os dias, para alcançarem a paz para o mundo e o fim da guerra.»

Memórias da Irmã Lúcia I. 14.ª ed. Fátima: Secretariado dos Pastorinhos, 2010, p. 172-173 (IV Memória); a secção entre parênteses retos pertence ao interrogatório do pároco aos videntes, em 27 de maio de 1917, em Documentação Crítica de Fátima, vol. I. Fátima: Santuário de Fátima, 1992, p. 9.

Imagem de Nossa Senhora de Fátima na Capela do Bairro do Cambará

Vander Luiz

São-roquense, radialista e jornalista

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