Nota de falecimento. Renzo Fachin, 88 anos. O sapateiro italiano que já chegou palmeirense ao Brasil
Faleceu na madrugada de hoje (7), o sapateiro Renzo Fachin. Um dia após ter completado 88 anos. O corpo está no Velório de São Roque e o sepultamento será neste sábado, às 17h, no Cemitério da Paz.
Foi casado com Adalgisa Cerrone Fachin com quem teve os filhos Roberto, Romano e Rosana.
Renzo nasceu na Itália em 6 de dezembro de 1931. Chegou ao Brasil em 16 de outubro de 1952. Veio para São Roque e passou um curto período em Caraguatatuba. Em setembro de 1953, fixou residência em São Roque e passou a trabalhar como sapateiro na Rua Paulo, bairro do Taboão. Ofício que aprendeu na Itália com os ensinamentos de Romano Comessatti. O mestre foi homenageado com o nome de um dos filhos do casal Remo e Adalgisa.
Em 2012, recebeu o título de cidadão são-roquense por iniciativa do vereador Donizete Carteiro em sessão especial do Dia da Colônia Italiana. A convite do senhor Renzo e do presidente da Câmara, Alfredo Estrada, fui o mestre de cerimônia.
Renzo era torcedor do Palmeiras, uma paixão que nasceu antes mesmo de pisar em solo brasileiro. Em 1951, lá na Itália, Renzo ouviu pelo rádio o Palmeiras conquistar a Copa Rio/Mundial de Clubes em cima da Juventus de Turim. Ficou apaixonado pelo clube brasileiro e virou palmeirense. Ao chegar no Brasil, se transformou em um autêntico “palestrino” ao saber que o Palmeiras um dia foi Palestra Itália e que foi obrigado a mudar de nome por conta da Segunda Guerra Mundial. Era proíbido no Brasil qualquer referência aos países do Eixo (Alemanha, Itália e Japão). Foi por isso que o Germânia (tradicional clube paulistano) virou Pinheiros. Em São Roque, a Banda Conte de Torino passou a ser Carlos Gomes.
Contei essa história ao amigo jornalista e ex-deputado federal Nelo Rodolfo, que ao saber da homenagem da Câmara de São Roque, mandou de presente uma camisa oficial do Palmeiras.