Feira da Avenida Bandeirantes é suspensa, mas a montagem de grades de segurança do Carnaval começa somente depois das 10 horas
O prefeito de São Roque baixou decreto na semana passada suspendendo a feira de livre de sexta-feira por conta da instalação de grande de segurança ao longo avenida para o desfile do bloco Haja Fígado na noite de hoje e das escolas de samba na segunda e terça-feiras.
Já na sexta-feira passada, feirantes demonstraram descontentamento com a decisão porque em outros anos a feira ocorreu normalmente, inclusive com a instalação das arquibancadas que ocupavam um espaço maior. Este ano não teremos arquibancadas, serão instalados gradis, sonorização e banheiros químicos.
O problema é que a avenida Bandeirantes ficou vazia durante boa parte da manhã e liberada para o trânsito até por volta das 10h15 quando finalmente chegou o caminhão com as grades.
Por volta das 7 da manhã, o diretor de Cultura, Marquito Villaça, estava na avenida e avisou que o trânsito seria fechado em alguns minutos.
Inicialmente o Departamento de Trânsito proibiu o estacionamento nas vagas em frente ao São Roque Supermercados São Roque e na faixa ao lado da Latex São Roque.
Pelo horário do início da montagem e ainda pelo lado da avenida onde não são instaladas barracas é muito provável que a feira poderia ter sido realizada normalmente até o meio-dia.
Uma alternativa poderia ter sido negociar com os feirantes o encerramentos das atividades um pouco mais cedo.
A limpeza da pista é realizada rapidamente e por volta das 14 horas estaria tudo liberado.
Os feirantes reclamam que perderam um dia de trabalho na principal feira da cidade e que terão que pagar os funcionários como dia trabalhado. O blog também ouviu a reclamação de pessoas que não puderam realizar a tradicional feira de sexta-feira.
A justificativa da prefeitura é que neste ano o desfile começa mais cedo, na sexta-feira, com o bloco. Mas a assessoria de imprensa também informou que inicialmente serão instalados somente as grades e os banheiros. O serviço de som será somente para as escolas de samba no fim de seman.
Em entrevista ao programa Linha Aberta, o chefe da Divisão de Cultura, Marquito Villaça, disse que a intenção era ter fechado a avenida já na quarta-feira.
Entendo ser interessante escrever que a culpa pela não realização da feira é do Carnaval de Rua, movimento cultural que tem todo o meu apoio, mas sim da forma como é organizado.