Edmílson diz que momento ruim da Seleção Brasileira é reflexo de um campeonato nacional mal estruturado
Campeão mundial em 2002, o ex-jogador Edmilson disse que a Seleção Brasileira é o reflexo de um Campeonato Brasileiro mal estruturado e falido.
“Sou consultor da CBF e bato nessa tecla. Temos que ajustar o nosso calendário ao futebol europeu. Não dá par ficar jogando enquanto os outros times estão fazendo pré-temporada pelo mundo”, disse o ex-zagueiro que faz parte do Comitê de Reformas da CBF que tem entre os outros nomes Ricardo Rocha e Carlos Alberto Torres.
Em agosto de 2015, Edmilson foi auxiliar pontual do técnico Dunga nos amistosos do Brasil contra Estados Unidos e Costa Rica, nos Estados Unidos.
VEJA A ENTREVISTA COM EDMÍLSON NA VINÍCOLA GÓES
Edmilson, que completa 40 anos no domingo (10 de julho), esteve sábado em São Roque para o lançamento da programação do Festival de Inverno da Vinícola Góes que tem parceria com a fundação criada pelo ex-jogador há 10 anos em Taquaritinga cidade onde nasceu. Veja a programação www.vinicolagoes.com.br
“A Vinícola Góes é nossa parceira da fundação que fica no campinho de bola onde eu jogava na Vila São Sebastião. A Fundação Semeando Sonhos desenvolve projetos culturais e esportivos, onde o futebol ocupa apenas 2% das nossas atividades. O caratê é o esporte mais praticado”. Conheça a Fundação Edmílson.
Edmilson encerrou a carreira há cinco depois de jogar no XV de Jaú (91/94), São Paulo (94/2000), Lyon (2000/04), Barcelona (04/08), Villarreal (08), Palmeiras (09), Zaragoza (10/11) e Ceará (11).
“Eu não tinha a perspectiva de ser um grande jogador. Queria jogar profissionalmente e tirar os meus pais da colheita da laranja onde trabalharam por 25 anos. Pensava em jogar no XV de Jaú, Ferroviária de Araraquara, CAT (Clube Atlético Taquaritinga), Botafogo e Comercial de Ribeirão Preto. Queria ser um obreiro da bola, mas Deus foi bom comigo e me levou para rumos maiores”.
Edmilson disse que valeu a pena focar na carreira profissional. “Renunciei a algumas coisas da pré-adolescência. Consegui formar uma família, sou casado há 17 anos e tenho três filhas”.
A estreia no profissional foi aos 17 anos defendendo o XV de Jaú comandado pelo técnico argentino José Poy (1926/1996) que o levou por empréstimo para o São Paulo. “O Tricolor passava por um novo ciclo depois dos títulos da Libertadores e do Mundial de Clubes. Tive uma pequena experiência com o seu Telê Santana que foi fundamental na minha vida. Ele foi muito forte na parte educacional com conselhos que ajudaram a criar valores”
O grande momento da carreira foi o título mundial com a Seleção Brasileira na Copa do Mundo do Japão/Coréia do Sul na final contra a Alemanha. “Não tem palavras para explicar a sensação de ser campeão do mundo. É fantástico”.
O ano de 2002 foi especial na carreira de Edmilson. Além da convocação para a Seleção Brasileira, foi campeão com o Lyon no primeiro nacional do clube francês e nasceu a primeira filha.