Comissão de Educação da Câmara de São Roque questiona Prefeitura sobre professora agredida por aluno em Maylasky. Requerimento tem 18 perguntas
A Comissão de Saúde, Educação, Cultura, Lazer e Turismo da Câmara Municipal de São Roque encaminhou ao prefeito Claudio Góes requerimento onde busca informações da agressão sofrida por uma professora da escola Professor Tibério Justo da Silva, no distrito de Maylasky, na quinta-feira da semana passada.
Houve um pedido de urgência para que o requerimento entrasse na pauta da sessão de segunda-feira (23) e aprovado na mesma sessão. A comissão é composta pelos vereadores Júlio Mariano (presidente), Israel Toco (vice), Alexandre Veterinário (secretário), Etelvino Nogueira e José Luiz Piniquinho (membros).
Os vereadores questionam “a respeito da segurança dos profissionais de educação e de seus colegas de classe que fazem parte do dia-a-dia da jovem que apresenta instabilidade emocional”.
O documento cita que a professora Sandra Nogueira foi agredida por uma aluna de 14 anos que é integrante do Programa de Inclusão Educacional e Atendimento Educacional Especializado (AEE) e passa por acompanhamento psicológico e psiquiatra. “Além disso, a família recebe assistência de serviços sociais como Conselho Tutelar e Centro de Referência e Assistência Social (CRAS).”
O requerimento cita que a Prefeitura informou em nota que realizou uma reunião multidisciplinar, entre setores de educação, saúde e bem-estar, para discutir sobre o caso e que o encontro abordará quais medidas serão adotas “junto à comunidade escolar no sentido de resguardas os profissionais da escola, oferecendo suporte para que o processo de inclusão aconteça de forma mais tranquila possível e alcance seus objetivos” citando reportagem do jornal Cruzeiro do Sul de Sorocaba.
Abaixo as 18 perguntas da Comissão de Educação da Câmara Municipal de São Roque encaminhadas ao prefeito Claudio Góes.
01) Onde estava o cuidador da criança que efetuou a agressão à professora
02) Ao tomar conhecimento dos fatos qual foi o procedimento adotado pelo Departamento de Educação
03) Em algum momento foi intimada a professora envolvida para não relatar o ocorrido?
04) Está previsto algum acompanhamento psicológico com relação à criança e a professora agredida?
05) Qual o número de crianças portadoras de necessidades matriculadas na Rede Municipal de Educação?
06) Qual o número de Cuidadores?
07) Existe mais de uma criança portadora na mesma sala de aula?
08) Qual a carga horário do cuidador?
09) Qual a carga horária destes alunos?
10) Existe algum laudo com as características de cada aluno especial no sentido de orientar os professores, diretor, supervisor e coordenador de como agir?
11) O cuidador acompanha o aluno especial na saída e na chegada de sua casa?
12) Existe algum acompanhamento do Conselho Tutelar para estes alunos?
13) Quando um aluno AEE (Programa de Inclusão Educacional e Atendimento Educacional Especializado) agride verbalmente um professor, qual o procedimento do Departamento?
14) Quando um aluno do AEE agride fisicamente um professor qual o procedimento do Departamento?
15) Qual a orientação que tem o supervisor e o coordenador nesses casos?
16) Qual o procedimento que o professor tem que adotar quando for agredido?
17) Qual a formação exigida para uma pessoa ser cuidador na Rede de Educação?
18) Qual o número de agressões físicas sofridas pelos professores registradas nos último doze meses?
PROGRAMA LINHA ABERTA
O blog convidou para entrevista no programa Linha Aberta representantes dos professores e da Prefeitura. A APESR (Associação dos Profissionais de Educação de São Roque e região) informou que a entidade vai se manifestar somente após o ingresso de uma ação na Justiça. A assessoria de imprensa da Prefeitura disse que medidas estão sendo tomadas e que nesse momento o diretor de Educação, Leodir Ribeiro, não concederá entrevista.