Carlos Alberto Seixas atacante do Palmeiras, Cruzeiro e América do México

O ex-atacante Carlos Alberto Seixas (15 de dezembro de 1959) continua na área, mas agora na condição de técnico pronto para mostrar a mesma determinação que tinha nos tempos de Palmeira (1979/83), Cruzeiro, Mogi Mirim e América do México.

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Nascido no bairro de Santana, zona norte de São Paulo, Seixas é de uma região de jogadores que fizeram história. “Roberto Dias, Zé Maria e Enéas são do meu pedaço. Nasci na mesma rua que o cantor Sérgio Reis”.

Começou no Boca Juniors (clube amador que jogava no Campo do Vigor, no Pari), Nacional e Água Branca de Osasco (fundado por funcionários do Moinho Água Branca).

Depois de quase ter sido contratado pelo Palmeiras em duas oportunidades, Seixas foi levado para o Santos pelo técnico Francisco Sarno. Os Meninos da Vila tinham conquistado o Paulista de 1978, mas um jogo do Moinho Santista contra o Saad, em São Caetano, mudou o destino.

“O Fedato (técnico e ex-jogador do Palmeiras) gostou do meu futebol e acertou com o Etore Marchetti a minha transferência para o Palmeiras”, conta Seixas. Etore é irmão do jornalista Toni Marchetti e responsável por ter revelado vários jogadores em uma carreira marcada por trabalhar com as categorias de base.

No Palestra Itália, Carlos Alberto Seixas viveu alguns dos melhores momentos da carreira. “No Palmeiras graças a Deus conheci o Pires”, um dos grandes amigos que fez no futebol.

O maior momento com a camisa do Palmeiras foi na vitória histórica sobre o Flamengo, em pleno Maracanã, por 4 a 1 no Campeonato Brasileiro de 1979 (9 de dezembro de 1979). “O Zico fala até hoje desse jogo”, recorda com orgulho.

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O Palmeiras de Telê Santana saiu na frente com Jorge Mendonça e Zico empatou para o Flamengo dirigido por Cláudio Coutinho. Seixas entrou no segundo no lugar de Jorginho e fez 2 a 1. Pedrinho e Zé Mário fecharam a goleada.

“O Maracanã estava lotado com 140 mil torcedores praticamente todos do Flamengo. Foi a primeira vez que viajei de avião”. Um presente de aniversário inesquecível para o jovem atacante que seis dias depois completaria 20 anos.

Em 1984, transferiu-se para o Cruzeiro e depois de uma passagem pelo Mogi Mirim foi jogar no América do México. Encerrou a carreira jogando em outras equipes mexicanas: Atlante e Querétaro.

Em 1988, viveu a experiência de enfrentar a seleção olímpica do Brasil comandada pelo técnico Carlos Alberto Silva. Os jogos foram na Copa das Nações (Estados Unidos), competição que foi considerada amistosa.

Em Los Angeles (3 de setembro), o Brasil venceu por 3 a 0, gols de Romário. Dois dias de depois, em Chicago, nova vitória brasileira por 3 a 2. O brasileiro Zague naturalizado mexicano fez dois gols. Para o Brasil marcaram Jorginho, Edmar e Luís Carlos Winck. O América do México era comandado pelo brasileiro Jorge Vieira.

Carlos Alberto Seixas iniciou a carreira de técnico em 1999 passando por Mauaense, Olímpia, Noroeste de Bauru e uma experiência como auxiliar técnico no México.

Na função de comandante procura colocar em prática o que aprendeu com os grandes técnicos com quem trabalhou: Etore Marchetti, Telê Santana, Osvaldo Brandão, Rubens Minelli, Jorge Vieira. “Um pedacinho de cada um para ser um treinador de qualidade”

Atualmente comanda da Santacruzense (Santa Cruz do Rio Pardo) que disputa o Campeonato Paulista da Segunda Divisão, que na prática corresponde à quarta divisão. Seixas reside em Santa Cruz terra da sua esposa, depois de ter morado em Santo André e Boituva.