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Acusado da morte do professor João dos Santos Patto Jr. é condenado a 27 anos de prisão

 

O caseiro Leonardo da Costa Santos foi condenado, nesta terça-feira (29), a 27 anos de prisão pelo assassinato do professor João dos Santos Patto Júnior, ocorrido em 2010. Leonardo trabalhava como a vítima e está preso há seis anos.

À época as investigações apontaram que o acusado teria matado o professor e roubado diversos pertences. O crime foi classificado como latrocínio (roubo seguido de morte) e Leonardo condenado a 40 anos de prisão.

Condenado a 27 anos de prisão, Leonardo da Costa Santos deixa o Fórum de São Roque após julgamento. Foto Rafael Barbosa/Jornal da Economia

No entanto, o advogado de defesa nomeado pelo Estado, Carlos Alberto Alves, recorreu da decisão alegando que não se comprovou que o réu teria cometido roubou.

Dessa forma, o caso deveria ser analisado por um júri popular que tem a competência para julgar os crimes dolosos contra a vida, caso do homicídio.

A alegação foi acatada e Leonardo foi julgado nesta terça-feira (29), no Fórum de São Roque.

Após quase sete horas de julgamento, Leonardo foi considerado culpado pelo crime de homicídio triplamente qualificado (por motivo fútil, sem direito de defesa da vítima e meio cruel), mas inocentado do crime de denunciação caluniosa por ter apontado um pedreiro como o autor do crime.

Nomeado pelo Estado, o advogado de defesa Glauber Bez disse que vai ocorrer da sentença.

“Ao ouvir um policial que acompanhou o inquérito, o promotor se convenceu de que uma segunda pessoa participou do crime tanto que pediu a instauração de inquérito”.

“Esse fato novo surgiu hoje no júri e o réu não respondeu como se tivesse mais uma pessoa envolvida no caso o que vai contra as provas do auto”, justificou Glauber Bez que fez a defesa em conjunto com o advogado André Gustavo Rodrigues Miguel.

O CASO

O crime ocorreu no dia 22 de abril de 2010, quando João dos Santos Patto Júnior foi encontrado morto na suíte da residência dele. A perícia apontou que foi assassinado com 38 golpes de um objeto perfurante, além de um fio amarrado no pescoço que causou estrangulamento.

Segundo informações do Jornal da Economia, ao chegar na casa do professor para o trabalho, a empregada encontrou a residência trancada e comunicou a família que autorizou o arrombamento da porta para entrada dos policiais.

O jardineiro Leonardo da Costa Santos foi apontado como o principal suspeito do crime por ter sido a última pessoa a ver a vítima com vida e por não ter comparecido ao trabalho no dia seguinte.

Leonardo chegou a dizer que um pedreiro estaria com ele no momento do crime e que essa pessoa teria matado o professor após uma discussão entre os três

No entanto, o segundo acusado apresentou provas de que não estava no local do crime e foi liberado, mas agora será novamente interrogado.

 

 

Vander Luiz

São-roquense, radialista e jornalista

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