“A Brasital é Nossa”: Em 1º de maio de 1987, prefeito Mário Luiz apresenta a antiga fábrica de tecidos aos são-roquenses
Em 1º de maio de 1987, o prefeito de São Roque Mário Luiz Campos de Oliveira entregava simbolicamente a Brasital para os moradores da cidade. A antiga fábrica de tecidos passava a ser um centro cultural.
O município não tinha como arcar sozinho com o valor do imóvel que estava abandonado desde que a Brasital encerrou suas atividades na cidade no início dos anos 70. A participação do governo do estado foi decisiva.
O negócio foi concluído nos últimos dias do governo Franco Montoro encerrado em 15 de março de 1987 e graças a uma parceria com o CDHU (Companhia de Desenvolvimento Habitacional e Urbano) que adquiriu parte da área [Somente em 2016, no governo de Daniel da Padaria, que o imóvel passou a ser totalmente da Prefeitura].
Assim era coroado o trabalho do prefeito Mário Luiz que durante meses negociou com o empresário Szymon Feldon.
A ideia de se criar um centro cultural ajudou na negociação, Feldon gostou da ideia e mesmo após a conclusão do negócio procurava o prefeito para saber como estava o andamento do projeto.
Visitou várias vezes a cidade, uma delas quando da transferência da biblioteca municipal “Arthur Riedel” para a Brasital em 12 de setembro de 1992. Na entrada dos salões principais tem uma placa em homenagem ao empresário.
No dia 1º de maio de 1987, a Prefeitura organizou uma festa na Brasital.
Ex-funcionários da tecelagem receberam diplomas com a menção. “Uma vida dedicada ao progresso do Munícipio e da nossa Brasital”. Foram centenas de diplomas assinados um a um pelo prefeito Mário Luiz.
Vasco Barioni, Lucindo Lima, Zé do Nino e outros colaboradores se empenharam para que o famoso apito da fábrica de tecidos fosse novamente acionado.
Ao contrário da música “Três Apitos”, de Noel Rosa, dessa vez o apito da fábrica de tecidos não feriu os ouvidos de ninguém, mas emocionou o coração de muita gente.
Várias autoridades marcaram presença na festa, entre elas a Secretária Estadual de Cultura a atriz Beth Mendes.
Destaque para dois ilustres são-roquenses: o ator Juca de Oliveira e o artista plástico Darcy Penteado que morreria sete meses depois em 3 de dezembro.
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