Vereadores adiam projeto em busca de segurança para São João Novo e diálogo com o prefeito
Por unanimidade os vereadores da Câmara de São Roque adiaram, nesta segunda-feira (17), projeto do prefeito Claudio Góes que autoriza o executivo a abrir crédito adicional suplementar no valor de R$ 8,769 (oito milhões, setecentos e sessenta e nove reais).
O prefeito justificou a abertura do crédito alegando que algumas dotações orçamentárias são insuficientes para cobrir despesas essenciais à manutenção da máquina pública (pagamento de água, luz, telefonia, combustíveis, etc.) e aos servidores públicos (cesta básica e vale alimentação).
O líder do prefeito, Guto Issa, detalhou que “abrir crédito suplementar não significa ter recurso [dinheiro]”.
Citou que mesmo com o remanejamento ainda faltam R$ 1,2 mi (um milhão é duzentos e mil reais) para fechar a conta, lamentando “que a arrecadação do município caiu e que a anistia de tributos não deu o resultado esperado”.
A discussão do projeto começou por iniciativa dos vereadores de Rafael Marreiro e Flávio Brito que questionaram que apesar do alto valor envolvido no projeto, não existia nenhum recurso para a questão de segurança pública no Distrito de São João Novo, onde residem os dois vereadores.
Rafael Marreiro enfatizou a necessidade de uma base da Guarda Municipal e propôs que o projeto fosse adiado por uma sessão. Flávio Brito lembrou que na semana passada um grupo de moradores participou da reunião do Conseg (Conselho Comunitário de Segurança) e cobrou uma ação imediata da Prefeitura para o aumento do efetivo da Guarda Municipal.
Por sua vez, achou justa a postura dos vereadores, mas defendeu um projeto específico para a segurança. “Emendas podem desfigurar o projeto”.
PREPARAR O LOMBO
A discussão também partiu para as dificuldades enfrentadas pelo prefeito Claudio Góes por conta da crise financeira e que repercutem com cobranças aos vereadores
Júlio Mariano disse que espera que a base do prefeito Claudio Góes se mantenha forte. “Faço parte dela, mas os vereadores podem preparar o lombo que a cobrança da população vai aumentar”, comentou.
Aproveitou para destacar a crise financeira da Santa Casa. “Médicos que não foram pagos pela FENAESC estão conseguindo receber na Justiça. A Santa Casa precisa de mais 500 mil reais por mês para fechar a conta”.
Sugeriu que a Prefeitura deveria fazer um plano para antecipar a aposentadoria de servidores regidos pela CLT, além de definir uma prioridade. “Na política se você faz é bom, se não é ruim”, disse.
Etelvino Nogueira também se manifestou e criticou a lei de anistia dizendo “foi um fiasco” porque a Prefeitura não quis criar uma carteira. Quando da votação do projeto, Etelvino defendeu prazos mais longos para o parcelamento.
“O Departamento Financeiro está preocupado com ele. Não querem branquear o cabelo. Enquanto isso, que o nosso que caia”, comentou Etelvino dizendo que mais uma vez estava sendo “indelicado”.
Ficou claro também que os vereadores cobram do prefeito um maior diálogo. Antes as reuniões eram mais constantes.
O blog também apurou que alguns ficam incomodados quando um vereador, que conversou com o prefeito, antecipa alguma novidade no plenário ou nas redes sociais.
Israel Toco se manifestou favorável ao adiamento do projeto, defendendo que não se pode perder a parceria dos vereadores com prefeito e destacou a necessidade de se conversar.
DIA DO CORALISTA
Na sessão desta segunda-feira, os vereadores aprovaram por unanimidade projeto de lei 23-L/2017 que institui o “Dia Municipal do Coralista” de autoria de Guto Issa.
A data deve ser comemorada anualmente em 7 de novembro dia do falecimento de Albertina de Castro (07/11/1960), pioneira na formação de grupos de coral em São Roque.
Aprovado também o projeto 23-L/2017 dos vereadores Israel Toco e Alexandre Veterinário que denomina de Rua Laurentina Maria Marques (Dona Lora) a travessa localizada entre as ruas José Henrique da Costa e Professor Tibério Justo da Silva, no bairro do Cambará.
Por sua vez, o vereador Rafael Tanzi pediu para adiar por duas semanas o projeto de sua autoria que cria o “Dia Municipal do Futebol Amador”.
Tanzi justificou que a ideia inicial não era apenas criar uma data comemorativa, mas a de realizar uma competição envolvendo equipes amadoras da cidade no mês de agosto por conta do aniversário da cidade. O projeto deverá voltar com novidades.
*notícia atualizada dia 18 de abril.
POR favor vereadores, nome de rua, dia do coralista, futebol amador. Não temos segurança nós da Vila Santa Terezinha não temos nem carteiro.