Câmara aprova R$ 350 mil para Santa Casa pagar funcionários demitidos. Mas Fenaesc primeiro terá que prestar contas
A Câmara Municipal de São Roque aprovou nesta segunda-feira (21) mais uma ajuda financeira à Santa Casa. Desta vez, foram liberados 350 mil reais que serão destinados ao pagamento de 33 funcionários demitidos e que ainda não receberam seus direitos trabalhistas.
O dinheiro faz parte de sobra de caixa da Câmara Municipal que seria devolvido no final do ano para o executivo. No entanto, mediante a um projeto de lei (aprovado em dois turnos) a devolução pode ser antecipada.
Duas sessões extraordinárias foram convocadas durante a sessão ordinária desta segunda-feira para que o projeto fosse aprovado o mais rápido possível.
O valor de 350 mil reais foi definido com base em documento assinado pelo interventor da Santa Casa, Francisco Tibiriçá, que informou ao presidente da Câmara, Alfredo Fernandes Estrada (PSC), “a relação dos colaboradores e o valor total de R$ 348.828,14 para pagamento de rescisão contratual”.
No entanto, durante a discussão do projeto o vereador Etelvino Nogueira (PSDB) alertou que o dinheiro poderá demorar um pouco para chegar aos funcionários demitidos porque a Prefeitura de São Roque não irá repassar dinheiro à Fenaesc enquanto a entidade social que administra o hospital não prestar contas das atividades que vem realização na Santa Casa.
“A diretora de saúde [Margareth Andreolli Pinto] não vai assinar a liberação porque ela tem um parecer do Financeiro que já notificou a Fenaesc por três vezes. Nós estamos com um sério problema e esse recurso pode demorar uma pouco”, disse Etelvino dirigindo-se aos funcionários demitidos da Santa Casa que acompanhavam a votação no plenário da Câmara.
Por sua vez, o vereador Osmar da Josdan (DEM) disse que Etelvino estava valorizando o trabalho da Câmara e colocando medo nos ex-funcionários da Santa Casa.
“É preciso somente fazer um ajuste. Os problemas serão resolvidos na nova gestão. Precisamos passar tranquilidade”, disse;
O vereador eleito José Luiz da Silva César (Piniquinho), sentado entre os ex-funcionários da Santa Casa, chegou a participar da discussão do projeto dizendo que estava tudo certo e que o prefeito iria repassar o dinheiro para a Santa Casa. “Ela [diretora de Saúde] não está acima do prefeito”.
O presidente da Câmara, Alfredo Fernandes Estrada, deixou o plenário por alguns minutos e ao retornar disse que tinha conversado por telefone com a diretora de Saúde que confirmou que não irá assinar a liberação enquanto a Fenaesc não prestar contas à Prefeitura.
“Vamos fazer a nossa parte votando o projeto. Eles não poderão mudar o destino do dinheiro”, propôs Estrada.
O projeto foi aprovado em primeiro turno com o voto contrário do vereador Rafael Marreiro que ao ser vaiado pelos ex-funcionários comentou. “Vocês irão tomar um chapéu”.
Porém, na votação em segundo turno, Marreiro mudou de posição e o projeto foi aprovado por unanimidade.
O site enviou mensagem de texto para a assessoria de imprensa da Fenaesc que ainda não se manifestou.
