Peixinho busca alternativas para atender os comerciantes de Mairinque. Propostas serão discutidas na quarta-feira
O prefeito Alexandre Peixinho reuniu-se, nesta segunda-feira (20), com um grupo de comerciantes de Mairinque em busca de alternativas para a abertura com segurança das lojas, observando-se todos os cuidados no enfrentamento do novo coronavírus.
O encontro foi na sede da Associação Comercial e ficou definido que uma nova reunião ocorrerá na quarta-feira (22), às 14h, quando os comerciantes apresentarão sugestões para a administração municipal. O atual decreto vence dia 23. Na sexta-feira um novo decreto será baixado trazendo algumas mudanças.
Na saída, Peixinho conversou com outros comerciantes que aguardavam na porta. Disse que o município segue as orientações do governo estadual e que dependendo da flexibilização existe o risco de denúncias ao Ministério Público.
“Flexibilização não significa abrir tudo. Estamos vendo a possibilidade de abrir com regras. Com menos pessoas circulando no mesmo dia. Pensamos em um rodízio como em São Paulo. Mas o cliente vai chegar para comprar uma marmita e o comerciante vai perguntar. Seu CPF é final 1 ou 2? Não, não é. O comerciante não vai deixar de vender por causa disso”, explicou.

Peixinho também lembrou da responsabilidade quanto eventuais alterações na quarenta.
“Se ocorre a morte de alguma pessoa, corremos o risco de condenação e prisão, acusados de ter ajudado na propagação de uma pandemia”, argumentou.
Por isso, para que algumas propostas sejam aceitas na quarta-feira, Peixinho condiciona que os comerciantes assinem um documento em conjunto mostrando que estão solidários com prefeito, inclusive quanto a uma punição futura.
“Não tenho problema com a pressão de grupos em rede social. Os espertos sabem tudo e não tem responsabilidade por nada. Faz o ofício, protocola e assina comigo. Quem vai para a cadeia comigo? Ninguém quer.”
Peixinho lamentou que o país não tenha uma regra clara para o combate ao coronavírus.
“Existe uma grande disputa entre poderes. Ninguém tem uma regra e não é o município que vai decidir. Eles têm equipes técnicas qualificadas. Se alguém soubesse, o Bolsonaro não estava brigando com o Doria. Ninguém sabe o que fazer, não sou mais esperto que ninguém.”
Aproveitou para criticar as pessoas que não seguem as recomendações.
“O cara que está no bar bebendo, enchendo o nariz de cachaça, sem responsabilidade nenhuma. Ela pega o coronavírus, transmite para os outros. E como ele foi primeiro acaba caindo em respirador e fica 14 dias lá. Você que está trabalhando, cuidando da sua família, é contaminado e não tem como ser atendido”.
Peixinho também lembrou que a conversa com os comerciantes na porta da Associação Comercial não estava ocorrendo de forma correta.
“A irresponsabilidade é nossa também que estamos aqui sem máscara. Lá dentro a gente estava com máscara”, citou.
O novo decreto entrará em vigor na sexta-feira (24) e trará novas regras para o comércio, como o fornecimento de álcool em gel e distanciamento entre os clientes.
Peixinho antecipou que passará a ser obrigatório o uso de máscara nas ruas e comentou como será a fiscalização.
“O problema não é a multa, prender ou não prender. As pessoas precisam se conscientizar.”