O primeiro diploma a gente nunca esquece
“Saudade da Professorinha” tem como inspiração a música de “Meus Tempos de Criança” de autoria de Ataulfo Alves. Aqui pretendo resgatar lembranças dos tempos de escola.
As lembranças mais profundas são dos oitos anos que estudei na Escola Estadual de Primeiro Grau “Barão de Piratininga” (1974/1981) na rua José Henrique da Costa (Bairro do Cambará). Por sinal, a rua onde eu morei por muito anos até casar em 1997 quando mudei para a Avenida Bandeirantes apenas duas ruas para baixo.
Se durante esse período tive a mordomia de sair de casa em cima da hora – de onde dava para ouvir o sinal – e ter praticamente durante todo o primeiro grau a minha mãe levando lanche no portão – e várias mães faziam isso -; no colegial tinha que atravessar São Roque para estudar no Horácio Manley Lane. Tudo bem que a cidade não é tão grande assim. Mas eu já tinha que sair sair de casa quinze 15 minutos antes do início da aula.
Depois veio o período que fazia programa de esportes na Rádio Universal das 18 às 19 horas, justamente o horário que começava a aula. Aí tinha uma carteirinha que permitia que eu entrasse com alguns minutos de atraso porque estava “trabalhando de falar de futebol”.
Longe da escola eu fiquei mesmo durante a faculdade, quando tinha que acordar às 4h20 para pegar o ônibus das 5 da manhã para entrar às 7h30 na Universidade São Judas Tadeu, na rua Taquari (Mooca).
Mas tudo passou e foi muito rápido. Por isso é bom recordar.
MEUS TEMPOS DE CRIANÇA
Eu daria tudo que eu tivesse
Pra voltar ao tempo de criança
Eu não sei pra que que a gente cresce
Se não sai da gente essa lembrança
Aos domingos, missa na matriz
Da cidadezinha onde eu nasci
Ai, meu Deus, eu era tão feliz
No meu pequenino Miraí
Que saudade da professorinha
Que me ensinou o beabá
Onde andará Mariazinha
Meu primeiro amor, onde andará?
Eu igual a toda meninada
Quanta travessura que eu fazia
Jogo de botões sobre a calçada
Eu era feliz e não sabia