Carlão da Galinha Preta cadeira cativa na Câmara de São Roque há quase 50 anos
As sessões da Câmara Municipal de São Roque são acompanhadas por um público reduzido. Apenas alguns projetos são discutidos e votados com casa cheia. Ainda mais agora que a sessão passou a ser realizada às duas da tarde.
Carlão da Galinha Preta (José Carlos Vieira) faz parte de um número reduzido de pessoas que semanalmente acompanham as reuniões ordinárias dos vereadores da cidade.
Algo que faz desde 1968 quando a Câmara Municipal era na rua XV de Novembro ao lado da casa do Barão de Piratininga na esquina com a Praça da Matriz. A Câmara era presidida por Moacyr Victório e o prefeito era Heito Rino Boccato (janeiro de 1964 a janeiro de 1969).
“Gostava de ler, mas não tinha dinheiro para comprar jornal e a Câmara recebia todos os jornais. Passei a frenquentar a Câmara porque São Roque não tinha biblioteca”, lembra. Ao mesmo tempo se interessou pelos assuntos da Câmara e começou a companhar as sessões na noite de segunda-feira.
Na entrevista, Carlão da Galinha Preta comenta o que mudou em quase cinquenta anos de sessões e lembra de passagens da política sanroquense. E como não poderia deixar de ser explica a origem do apelido que vem do tempo de menino quando vendia galinha na rua para ajudar no orçamento da casa.
Certa vez encontrou um cliente especial. O dono de um terreiro que só se interessa por galinha preta e que pagava em preço especial.
Porém, sem mercadoria, deixou atender ao terreiro da Avenida 3 de Maio. Por sua vez, o cliente sentiu a sua falta e foi procurá-lo no Bairro do Cambará.
Bastou que o homem perguntasse pelo menino que vendia galinha preta para que nascesse o apelido.
VEJA A ENTREVISTA COM CARLÃO DA GALINHA PRETA
valor a mais.