Capoeira pode ser integrada à proposta pedagógica da educação básica de São Roque
A Câmara Municipal de São Roque vota nesta segunda-feira (5), a partid das 18 horas, projeto de lei de autoria do prefeito Daniel da Padaria que determina que o ensino de capoeira deverá ser integrado à proposta pedagógica da escola de forma a promover o desenvolvimento cultural dos alunos.
Se aprovado, o projeto permitirá que “as escolas públicas de educação básica do munícipio celebrem parcerias com pessoas físicas, associações, ligas e federações, ou outras entidades que representem e congreguem mestres e demais profissionais da capoeira.
A mensagem do prefeito à Câmara de São Roque destaca que o projeto foi elaborado com base em indicação promovida pelo vereador Adenílson Mestre Kalunga Correia.
CAPOEIRA GEROU DISCUSSÃO
Pela segunda sessão seguida, a capoeira ganha destaque na pauta da Câmara de São Roque.
Na sessão passada, foi aprovado com seis votos contrários projeto que instituiu em São Roque o prêmio Comendador Mestre Airton Neves Moura (Mestre Onça), um dos fundadores da Federação Paulista de Capoeira
Os vereadores contrários alegaram que não justifica a criação de uma sessão solene anual voltada somente para uma modalidade esportiva abrindo o precedente para a criação de um prêmio para cada modalidade esportiva.
“A Câmara não tem condições de bancar uma sessão solene para cada modalidade caso sejam apresentados outros projetos neste sentido”, alegou vereador Israel Toco.
Houve até mesmo uma discussão mais ríspida entre Mestre Kalunga, autor do projeto, e Guto Issa que foi um dos contrários à instituição do prêmio Mestre Onça.
Kalunga reagiu dizendo que o grupo do vereador Guto Issa foi beneficiado com a doação de um terreno para uma associação de aikido e que nunca foi questionado por fazer parte da diretoria da entidade.
Guto rebateu dizendo que Kalunga “foi infeliz na sua fala”. “O senhor nos envergonhou três anos e meio agora vai ter que me escutar”.
Justificou que fez parte da diretoria do aikido e que se empenhou para ajudar várias entidades, algo diferente de se criar uma sessão solene que trará custos para a Câmara.
Kalunga insistiu dizendo que não sabe como o terreno foi aprovado tendo um vereador na diretoria.
“O senhor é mentiroso e vai ter que provar isso”, reagiu Guto Issa.