Câmara de São Roque aprova moção de repúdio a ataque contra o vereador Paulo Juventude
Assessoria de Imprensa Câmara de São Roque
Na última segunda-feira (12 de abril), a Câmara Municipal aprovou por maioria a Moção Nº 125/2021, de repúdio às atitudes ofensivas e preconceituosas perpetradas contra o vereador Paulo Juventude em redes sociais após o mesmo se posicionar durante sessão e na redes sociais posição favorável a um lockdown de dez dias no município, como medida de combate à propagação do vírus da Covid-19.
O documento foi protocolado dia 9 de abril pelos vereadores Cláudia Rita Duarte Pedroso, Thiago Vieira Nunes, Clóvis da Farmácia e Toninho Barba na intenção de defender a liberdade de posicionamento do parlamentar, mas principalmente, contra ataques de natureza racista e etarista (preconceito por conta da idade).
“Quem não acerta as contas com o passado está fadado a ser assombrado por ele. E é essa a escolha que fizemos enquanto sociedade ao não passarmos devidamente a limpo a barbárie do regime militar, ou ao nos esquivarmos de discussões étnico-raciais mesmo sendo uma nação fundada sobre três séculos de escravidão”, diz o texto.
A moção também menciona que as redes sociais têm sido usadas frequentemente como “combustível para a promoção da barbárie, permitindo que a estupidez de vozes até então isoladas se unissem” e que “as menções francamente criminosas ao cabelo, à idade e à suposta filiação ideológica do nobre edil não deixam dúvidas: não são suas ideias que estão sob ataque; é a sua própria humanidade. Somente nomeando o inimigo é que podemos combatê-lo, então que o façamos: trata-se de racismo e etarismo explícitos.”
Os vereadores ainda defendem que as estratégias de combate à pandemia são perfeitamente discutíveis de modo civilizado e que a sugestão feita pelo vereador Paulo é embasada em dados científicos já tendo sido usada em diversas cidades, estados e até mesmo países, mas que no contexto que trata a moção, “tornou-se um mero pretexto para que viessem à tona os preconceitos étnicos, etários e de classe mais profundos de parte da nossa população.”
“Eu imaginava que a defesa do lockdown geraria alguma retaliação, não é uma medida popular. Popular é chutar o balde e falar que vai abrir tudo. Mas infelizmente é o que a ciência indicava.
No entanto, as pessoas tem o direito de não concordar, ser contra a ideia, mas foi muito além disso.
Tentaram atacar minha identidade, e consequentemente, a de muitos que se sentem representados pelo Mandato. Precisamos expulsar a ignorância e o ódio da política, não há mais espaço para isso, agora precisamos salvar vidas”, enfatiza o vereador Paulo Juventude.