TEMA LIVRE

Membros da Sociedade Civil pedem saída do Grupo de Trabalho da Lei Aldir Blanc em São Roque

Por André Pezzotta, Marília Olímpio, Mário Sérgio Barroso e Wesley Furquim

Alguns membros da sociedade civil do Grupo de Trabalho (GT) da Lei Aldir Blanc em São Roque pediram a saída do Grupo de Trabalho após inúmeras ocorrências e desentendimentos com membros da Divisão de Cultura.

Abaixo seguem os principais pontos dos membros que pediram a saída do GT:

O GT da Lei Aldir Blanc foi criado para fiscalizar o andamento da lei no município, não somos funcionários da Divisão de Cultura e não temos como atribuição, enquanto sociedade civil, ficar de plantão no CECT Brasital. Reforçamos que, mesmo assim, temos procurado formas de contribuir, sugerindo os plantões online e temos procurado divulgar da melhor maneira todos os processos para todas as pessoas possíveis, nos colocando à disposição para tirar dúvidas de qualquer pessoa;

Os integrantes da Divisão de Cultura se queixam de serem poucos para atender a demanda. Vale frisar que é o único trabalho que estão realizando no momento, pois toda a verba da Cultura foi congelada, 100%, algo completamente inadmissível! Municípios vizinhos têm trabalhado com ações online para fomentar a cadeia produtiva durante a pandemia. A Divisão de Cultura não fez absolutamente nada nos últimos meses e ainda parece estar focada em criar inimizades entre a classe artística, apoiando e atendendo alguns grupos em detrimento de outros;

Recebemos relatos de que os membros da Divisão de Cultura têm se queixado para artistas que os procuram que não estamos colaborando. Uma atitude extremamente inadmissível, quando estamos buscando qualificar o processo, compartilhando documentos e fazendo constantes correções em textos de editais que chegam de última hora para avaliação;

Profissionais da Cultura da cidade e região têm nos relatado que membros da Divisão de Cultura têm se queixado da dificuldade de diálogo com a sociedade civil, quando na verdade ocorre o inverso. Vários momentos do GT foram atacados pessoalmente em reuniões de forma agressiva e injusta, inúmeras vezes;

Uma das importantes correções que fizemos nos editais, antes dos lançamentos, foi evitar que a Divisão de Cultura colocasse como critério de seleção diferencial quem tivesse prestado “trabalhos voluntários” para a Divisão nos últimos anos, compreendendo apenas os anos da atual gestão. Corrigimos isso várias vezes, dada a insistência da Divisão de Cultura;

Outro ponto fundamental que corrigimos foi a exigência de contratação de pareceristas para avaliação dos projetos. A Divisão de Cultura queria trabalhar com “voluntários”, indicados por conhecidos. O que poderia gerar um processo litigioso para todos os participantes;

Um fato absurdo que não conseguimos corrigir foi a AUTOMÁTICA Homologação dos Cadastros de artistas, espaços, empresas, associações, enfim, sem avaliar os documentos comprobatórios. Quem aqui concorda com isso? Como pode homologar cadastros sem conferir documentos e sem o envio de comprovação das informações?

Os integrantes da Divisão de Cultura dizem que estão trabalhando há meses na Lei Aldir Blanc. No entanto, prejudicaram a participação social durante o processo com o episódio lamentável que culminou com o cancelamento da eleição do Conselho Municipal e do Fórum Permanente de Cultura.

Após os inúmeros ataques, falta de ética dos membros da Divisão de Cultura com nosso trabalho, insistindo de forma permanente em criar um ambiente de desconforto e conflito com a classe artística local, informamos nosso desligamento do GT da Lei Aldir Blanc.

Foram meses de estudos, compartilhando documentos, cobrando respostas que nem sempre chegavam em tempo.

Tentamos qualificar o processo da melhor maneira possível. Processos democráticos estão sujeitos a críticas e nunca tivemos problemas com isso, mas não admitimos ataques de forma caluniosa e permanente por gestores completamente desqualificados para legitimar processos de participação social.

 

Vander Luiz

São-roquense, radialista e jornalista

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