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CORONAVÍRUS: IGREJA METODISTA EM SÃO ROQUE CONVIDA PARA CERIMÔNIAS – VIRTUAIS – DA PAIXÃO E DA RESSUREIÇÃO DE JESUS

Por : Simone Judica*

A Páscoa – data mais importante do calendário cristão – será celebrada pela Igreja Metodista em São Roque em dois cultos temáticos especiais. Nesta Sexta-feira Santa (10) haverá o Culto da Paixão, às 20h00. O Culto da Ressurreição acontecerá no domingo (12), às 18h45.

 

Em razão das medidas de combate à transmissão do coronavírus, a programação será transmitida virtualmente e poderá ser acompanhada, ao vivo,  pelos canais da igreja no Youtube (Igreja Metodista SR https://www.youtube.com/channel/UCs_M0YkfZgIYSshYoiHVCvg/featured) e no Facebook (https://www.facebook.com/igrejametodistasr/?ref=br_rs).

Importante observar que a Igreja Metodista tem mantido seus templos fechados em todo o Brasil, em obediência às determinações das autoridades públicas e de saúde. As transmissões são realizadas apenas com os celebrantes e número reduzido de músicos, além do responsável pela parte técnica.

Culto da Paixão – As sete palavras da cruz

A celebração do Culto da Paixão, que acontece hoje (10), às 20h00 , terá por tema “As sete palavras da cruz”, uma coleção de frases pronunciadas por Jesus crucificado, com rico significado espiritual.

Culto de Páscoa – A ressurreição de Jesus

Às 18h45, domingo de Páscoa (12), será celebrado o Culto da Ressurreição que, como o nome já diz, comemorará a ressurreição de Jesus que, embora morto na cruz, ressuscitou.

Páscoa, para os cristãos, é o momento de reviver a vitória de Jesus Cristo sobre a morte.

A origem e o significado da Páscoa

Para entender a origem e a história da Páscoa, cujas raízes estão no Egito, convidei o pastor Felipe Itaboraí, da Igreja Metodista em São Roque, a contar como tudo aconteceu e, também, como se deve celebrar a Páscoa em tempos de isolamento social.

Leia o texto do pastor Felipe Itaboraí, especial para a coluna São-roquices:

Para muita gente Páscoa é sinônimo de chocolate e comilanças. As crianças ficam alvoroçadas com a ideia de ganhar um ovo de Páscoa enorme com algum brinquedo dentro.

Já tem um tempo que no imaginário popular Páscoa é data para se ter benefício próprio em forma de chocolate. Isso fala muito sobre nós e sobre a nossa visão das coisas que são preciosas serem taxadas com preços e não mais com os valores que merecem.

Páscoa, na verdade, é um marco na história e nos fala sobre aliança.

A palavra Páscoa vem do hebreu “Pessach”, que significa “passagem“ e refere-se à festa celebrada há mais de dois mil anos pelos judeus, rememorando a ação de Deus em salvá-los do cativeiro egípcio.

Moisés foi enviado por Deus para confrontar o Faraó do Egito, para que ele libertasse o povo israelita da escravidão. Esse embate entre as duas vontades – a de Deus, através de Moisés, e a do Faraó – resultou em uma sucessão de pragas contra o Faraó e o povo egípcio.

Nove pragas já haviam sido enviadas e assim mesmo o rei do Egito ainda não concordava em permitir que os Israelitas fossem embora. Por isso Deus ordena uma décima e última praga,  devastadora.

A décima praga ordenada por Deus foi que todos os primogênitos morreriam naquela noite, exceto aqueles que ficassem em casas onde um cordeiro houvesse sido sacrificado e o seu sangue fosse esfregado nas duas ombreiras e na verga da porta.

Caso faraó não obedecesse, perderia seu filho e herdeiro, assim como aconteceria também em  cada casa no Egito, caso os seus habitantes não sacrificassem um cordeiro e aplicassem seu  sangue à volta da porta. Portanto, o povo do Egito estava a enfrentar uma crise nacional.

Nas casas onde um cordeiro fosse sacrificado e o sangue dele passado nas ombreiras a promessa era que tudo correria bem, pois a morte passaria por cima daquelas casas sem tocar seus habitantes.

A palavra “Páscoa” – em hebraico, “pessach” – é associada com o verbo “pasah”, que significa “saltar” ou “passar por cima”. Portanto, este dia foi chamado “Páscoa” ou “A Passagem”.

O povo judeu então lembra, todos os anos, do dia em que a morte “saltou”, “passou por cima” deles e eles foram salvos.

Jesus foi preso e executado no dia da Páscoa judaica, no dia  em que os cordeiros são mortos em memória da salvação dos primogênitos, 1500 anos antes de Cristo!

Jesus, o “Cordeiro de Deus”, foi crucificado  – sacrificado – no mesmo dia em que todos os judeus que viviam naquela época estavam também a sacrificar um cordeiro em memória da primeira Páscoa  – a passagem – no Egito.

Através do sangue de um cordeiro, uma família era salva da morte! Através do sangue de Jesus nós somos salvos da morte!

A parte inicial deste texto traz a afirmação de que a Páscoa é um marco na história, que nos fala sobre aliança. E, e de fato, assim é.

Nos dias de Moisés Deus estabeleceu uma aliança de sangue com aquelas pessoas, ao salvá-las de uma vida de escravidão e morte. Nos dias de Jesus Deus estabelece uma aliança de sangue conosco, ao nos dar a vida.

Diferente do cordeiro que era sacrificado nos dias de Moisés, o cordeiro Jesus ressuscita ao terceiro dia, dando-nos não somente o perdão dos nossos pecados, mas também a vida eterna, com a promessa de que com Ele ressuscitaremos.

Pastor Felipe, ao lado de sua esposa Priscila e da pequena Leah (foto: acervo pessoal)

Hoje estamos vivendo uma Páscoa diferente, que lembra bastante a primeira Páscoa, quando  as famílias deveriam ficar dentro de casa para se salvar. Curioso, não?

Aproveitemos este tempo para reforçar a sua aliança com Deus, com sua família e consigo.

O valor da Páscoa é o valor da vida que Deus nos deu para preservarmos e compartilharmos.

Que você tenha uma Páscoa especial!

Deus te abençoe.

Pastor Felipe Itaboraí

A todos os leitores da coluna São-roquices, meus votos de uma Páscoa feliz e abençoada, repleta da presença e do amor de Jesus.

Simone Judica é advogada, jornalista e colunista do site www.vanderluiz.com.br (simonejudica@gmail.com)

“Leia e compartilhe a coluna São-roquices”

Simone Judica

Advogada e jornalista.

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