ONG Futebol Social terá encontro com Romário. Seleção Brasileira é comandada pelo são-roquense Pupo Fernandes.
O Futebol Social estará em pauta na tarde desta quarta-feira (13), na Câmara dos Deputados, em Brasília (DF). Em uma inciativa do deputado Ezequiel Teixeira (PODE/RJ), que convocou uma audiência pública para debater o tema no Brasil. A Seleção Brasileira é comandada pelo técnico são-roquense Pupo Fernandes.
Estarão reunidos seis participantes do projeto, ao lado do Senador Romário (PODE/RJ), padrinho do Futebol Social, e de Adelmir Santana, vice-presidente da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC) e Presidente da Fecomércio/DF.
O encontro, organizado pela CESPO (Comissão do Esporte, terá início às 15h e contará com transmissão ao vivo pelo site: https://edemocracia.camara.leg.br/audiencias/sala/602.
Representarão a Ong Futebol Social em Brasília, Guilherme Araújo, presidente da entidade, o treinador da seleção brasileira, Pupo Fernandes, e Karina Gomes, coordenadora do projeto no Distrito Federal.
Juntam-se ao trio de dirigentes, três dos oito atletas campeões mundiais de 2017, em Oslo, na Noruega: Mickael Batista, de São Sebastião (DF), Juliana Conceição, de Niterói (RJ), e Leonardo Garcia, do Rio de Janeiro (RJ), os três com idades entre 19 e 21 anos, moradores de comunidades carentes em suas cidades.
TRICAMPEÕES DO MUNDO
Em setembro, a seleção brasileira de futebol social ganhou a 15ª edição da Homeless World Cup (HWC), em Oslo, na Noruega.
O título, o terceiro do país após as conquistas em 2010 e 2013, veio com uma vitória emocionante por 4 x 3 sobre o México, equipe que havia vencido as últimas duas edições do torneio, inclusive conquistando o bicampeonato no ano passado contra o Brasil, em Glasgow, na Escócia.
A seleção brasileira foi formada por oito atletas: o brasiliense Mickael Batista (19 anos), o paulistano Igor Oliveira (19 anos), o sorocabano Felipe Pinho (17 anos), os santistas Andreza Guedes (19 anos, mora em São Vicente) e o goleiro Leonel da Silva (17 anos) e os cariocas Juliana Conceição (17 anos, mora em Niterói) e Leonardo Garcia e Murilo Sousa de Oliveira, ambos de 21 anos.
Os oito selecionados para competir pelo Brasil na HWC passaram por diversas seletivas realizadas pelos projetos parceiros da Ong Futebol Social, sendo eles representantes do Distrito Federal (Projeto São Sebastião DF), São Paulo (Baixada 013 São Vicente, Garotos Bunge SP e Bola da Vez Sorocaba) e Rio de Janeiro (Padre Miguel RJ, Loirinho RJ e Comunidade Complexo do Alemão RJ). Ao todo, mais de 50 organizações ao redor do País estão envolvidas nos projetos da Ong.
PRINCIPAIS REGRAS DO FUTEBOL SOCIAL
No futebol social, a quadra é reduzida, tem apenas 22 metros de comprimento e 16 de largura. O time vencedor ganha três pontos no campeonato, o perdedor, zero.
Em caso de empate, disputa alternada de pênaltis, com dois pontos para o vencedor e um para o time que perder. São dois tempos de sete minutos, com intervalo de um minuto. Os goleiros não podem sair da área, marcar gols, ou fazer cera.
Os jogadores de linha também não estão permitidos a invadir a área dos goleiros, sob a pena de um pênalti do time adversário. O Fair Play (jogo limpo) é incentivado nos torneios, e um troféu exclusivo é destinado ao time que demonstrar e jogar com o espírito genuíno do futebol.
Para os jogadores que não jogarem nesse espírito do fair play as penalidades são cartão azul (dois minutos) ou vermelho (expulsão do jogo) e, em último caso, exclusão do torneio. Pelo menos um jogador deve ficar no campo oposto, ou seja, três atacam e dois defendem.
Uma falta será marcada contra o time que ficar totalmente em seu lado. Se um jogador recebe um cartão azul, enquanto o time estiver com jogador(es) a menos, esta regra não é válida. Da mesma maneira, esta regra não vale se um jogador recebe um cartão vermelho.
ONG FUTEBOL SOCIAL
Com patrocínio da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC) e Penalty, o Futebol Social promove um movimento pioneiro que conecta jovens e comunidades carentes de todo o País, tendo como objetivo principal integrar, motivar e fortalecer seus participantes.
Fazem parte da rede Futebol Social diversos projetos sociais e movimentos comunitários atuantes em periferias, favelas, comunidades ribeirinhas e quilombolas, entre outros grupos e regiões socialmente excluídos.
Participam jovens de 16 a 21 anos, que vivem em situação precária de moradia (ou sem moradia), sob risco social e sem condições plenas de desenvolvimento.
Desde 2004, o projeto já atendeu mais de 20 mil jovens, por meio da rede Futebol Social, que reúne anualmente pelo menos 50 entidades de diversos estados e regiões do país. Já participou de mais de 20 eventos internacionais em cinco continentes do mundo.
Atividades, eventos e torneios locais são realizados em diversas cidades, em conjunto com outras ações comunitárias e de cidadania.
Por meio de diversas ações, a Ong busca proporcionar experiências de vida únicas a jovens que têm no esporte a chance de conhecer outras realidades e viver momentos de lazer e entretenimento, acreditando serem poderosas ferramentas na luta contra a pobreza e a violência do dia a dia. “Futebol Social: ganhar é virar o jogo!” é o lema da Ong.
Um dos resultados do projeto é a formação das seleções brasileiras masculina e feminina que jogam o Campeonato Mundial de Futebol Social (Homeless World Cup) e outros eventos internacionais.
Mais informações sobre o Futebol Social:
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