Rádio Central de Campinas chamada no Diário do Povo 1993
Em 1993, tive uma rápida passagem pelo rádio esportivo de Campinas quando narrei pela Rádio Central na equipe comandada por Carlos Batista.
O curioso é que a oportunidade surgiu no estúdio da Jovem Pan durante o Jornal de Esportes.
A convite do Nilson César foi até à Jovem Pan. O Carlos Batista fazia parte da equipe de esportes e ao mesmo tempo era o principal narrador da Central. Foi somente uma visita, pois comecei a trabalhar na Jovem Pan em maio de 1996.
Conhecia o Carlos Batista de rápidos encontros em estádios, principalmente no jogos do Ituano que narrava na FM 90 de Salto.
Além disso, mesmo depois da eliminação do Galo, o Timaço do Rádio (como era chamada a nossa equipe) transmitia os jogos decisivos do Paulistão.
A gente se encontrava com o pessoal de Campinas, de outras cidades e até mesmo de outros Estados, principalmente no Morumbi, onde as emissoras de fora de São Paulo ficavam todas juntas em local em que havia muita dificuldade para o ver o gramado. Mas era um momento especial, uma realização profissional.
Mas voltando ao assunto. Foi ali no estúdio da Jovem Pan que o Carlos Batista fez o convite para integrar a equipe da Rádio Central de Campinas.
Não sei dizer quantos jogos narrei, foram poucos. Mas de um deles ficou uma recordação especial com publicação da chamada da jornada no Jornal Diário do Povo de 17 de novembro de 1993.
Naquela tarde de domingo– um dia após ter completado 27 anos – narrei Sãocarlense x Ponte Preta com os comentários de Valdemir Gomes. Nunca esqueço o nome dele porque o meu irmão também se chama Valdemir e ainda por cima mora em Campinas.
Além do recorte do jornal, encontrei o roteiro da transmissão. Confesso que até eu fiquei surpreso. Não lembrava que tinha esse “documento histórico”.
Não sei dizer por qual campeonato jogaram São Carlense x Ponte e nem mesmo o resultado. Era uma competição para manter em atividade os times que não disputavam o Brasileiro.
O Paulista tinha encerrado no dia 12 de junho com o Palmeiras voltando a ser campeão depois de 16 anos na emocionante final contra o Corinthians.
O Guarani vivia um momento melhor, tanto que naquele dia enfrentou o Grêmio de Luiz Felipe Scolari e a Rádio Central transmitiu direto de Santa Catarina com a narração de Francisco Piazon. O Bugre ganhou por 1 a 0, gol de Clóvis.
O jogo foi em Florianópolis, no Orlando Scarpelli, porque o tricolor gaúcho tinha perdido o mando de campo por distúrbios ocorrido no Olímpico, como informa o site www.jogosdoguarani.com.
Várias emissoras da cidade e da região acompanhavam Ponte Preta e Guarani, tanto que as equipes de esportes viajavam juntas em um mesmo ônibus da Viação Caprioli.
Neste sábado (01 de abril), estive em Campinas para narrar pela Rádio Nova Tropical de Votorantim Ponte Preta 1 x 0 Santos, primeiro jogo do mata-mata das quartas-de-final do Campeonato Paulista. Oportunidade em que reencontrei Carlos Batista e Valdemir Gomes, hoje os dois estão na Rádio Bandeirantes de Campinas.
Comentei que tinha guardado a chamada da Rádio Central que saiu no Diário do Povo.
Com o Valdemir lembramos do sufoco que passamos em São Carlos porque a torcida atirou pedras na cabine durante a transmissão. “Uma delas veio na minha direção. Se não estive atento teria sido atingido na cabeça”, comentou.
Na saída do estádio tivemos que deitar no corredor do ônibus para se proteger das pedras que eram atiradas contra os vidros.
Lamentamos a revolta de torcedores contra cronistas esportivos que infelizmente continuam a ocorrer. Carlos Batista contou como foi o sufoco que passou no jogo da Ponte contra o São Bento (26 de março), em Sorocaba.
Ameaçado por alguns torcedores teve que narrar agachado na cabine. Isso sem contar que quase ficou sem o celular e a pasta de texto.
Deixo aqui uma recordação da minha passagem pela Rádio Central. Fico orgulho de ter feito parte do rádio esportivo de Campinas um dos mais fortes do Brasil.